E pronto chegou finalmente o tempo.
Aquele dia, aquela hora, aquele minuto que ganhei coragem, que me fez decidir, que me deu o impulso.
Não posso dizer que é fácil. Antes pelo contrário! Mas na verdade nada mais de “bom” tenho para deixar neste espaço que foi tão meu, sendo ao mesmo tempo tão dos outros que aqui me deram o gosto de entrar.
Muito de mim por aqui deixei. Muito de outros daqui levo comigo.
É a reciprocidade do conhecimento. Quem passa em nossa vida deixa sempre um pouco de si, leva sempre um pouco de nós.
Guardo comigo os vossos sorrisos, as vossas palavras e fico com a saudade que jamais me deixará esquecer.
"So this is who I am..."
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Há um tempo já distante, li um post num blog que costumava visitar, no qual o autor expunha determinada situação que acontece, segundo ele, bastante frequentemente, entre os visitantes e comentadores e para a qual ele não encontrava explicação causando-lhe até uma certa estranheza.
Falava ele do assunto, traduzido por palavras minhas na essência do que apreendi do conteúdo do seu post, mais ao menos como o que a seguir transcrevo:
Nunca consegui entender a razão pela qual, alguns comentadores assíduos que nos habituamos a encontrar nos nossos blogs e com quem até nalguns casos, acabamos por criar uma forma de amizade virtual que deixou de nos ser indiferente, de repente, de um momento para o outro, desaparecem sem deixar rasto.
Um belo dia aparecem outra vez, como se nos tivessem visitado e comentado no post anterior, como se não tivesse acontecido nada, mesmo que tenha passado bastante tempo, ou um espaço dele consideravelmente significativo.
Lembro-me de ter pensado no assunto e ter concluído ser bastante pertinente a questão.
Considerei até que se um dia isso acontecesse comigo, era muito possível que eu não tivesse “lata”, aquela chamada de coragem, para voltar a comentar o blog, mesmo que o voltasse a visitar e a seguir.
Hoje vejo que pensei mal!
Efectivamente se há coisas que a vida me ensinou, foi a nunca dizer Nunca.
Quando começamos a frequentar um blog e se o continuamos seguindo, é porque ele nos diz algo, nos interessa, nos preenche, nos ensina, nos diverte. Quantas vezes nos revemos nos textos lidos e no entanto não fomos capazes de encontrar as palavras expressas e escritas pelas mãos de outros. Se somos suficientemente audazes para comentar, iniciamos uma troca de conhecimento e com o decorrer do tempo, vai-se estreitando e cimentando uma confiança mútua. É natural pois, que se alguém desaparece do “circuito habitual” sem dizer nada, deixe aos outros a pergunta no ar... Que se terá passado?
Todos nós sabemos que os impedimentos muitas vezes não se anunciam. Surgem apenas!
Muitas e variadas também podem ser as causas dos impedimentos.
Desde a falta de tempo a problemas graves, sejam eles de que ordem forem, até e simplesmente uma alteração de humor, podem causar um afastamento temporário.
Mas o bichinho está lá e quando tudo se acalma, nasce a vontade de recomeçar.
Aquele blog daquela pessoa não foi esquecido, continua ali e nós atrevemo-nos a sentir que espera por nós.
Entrar, ler e querer comentar é um apelo da nossa vontade, mas como retratar, explicar, pedir desculpa pela ausência num comentário onde o que queremos é deixar a nossa opinião, ou uma palavra de alento, ou contrapor ideias, ou tão só, colaborar numa brincadeira?
EIS A QUESTÃO!
Difícil não é? Mas não impossível!
Será uma atitude imperdoável? É questionável!
Vocês o avaliarão, uma vez que cada um é dono da sua opinião e assim é que está certo, pois que vivemos numa democracia… Será?
Mas em verdade vos digo!
Da minha parte eu sei que tenho andado muito arredada, mas mesmo assim meus amigos, NÃO FIQUEM ASSOMBRADOS se um dia destes me virem entrar com toda a “lata” pelo vosso blog dentro e deixar nos vossos cantinhos que eu adoro, a expressão do meu apreço.
Vamo-nos "vendo" por aí.
Mafalda, 1 de Setembro de 2012
Definição gramatical da palavra tagarela.
Adjectivo qualificativo feminino/masculino do singular.
O que o distingue no feminino ou masculino?
O artigo definido feminino singular – “a”, ou o artigo definido masculino singular – “o”.
Assim temos: “a tagarela”, ou “o tagarela”.
Entendida a lição?
Bonitos meninos! Na escala de 1 a 20, todos têm nota máxima.
Agora é só baralhar e dar as cartas e o jogo está lançado.
No anonimato defendido pelo nome apropriado, de uns e de outros apanham-se algumas características.
O hábito da pontuação, o cuidado no uso das palavras para não denunciar o sexo, um erro ou outro ortográfico, a tendência do uso ou não de bonequinhos, o evitar expressões que nos caracterizem pessoalmente, o usar de outras que possam traduzir a tentativa de uma maior proximidade.
Enfim uma escrita descuidada, mas por outro lado atenta, porque um único deslize é a morte do “artista”.
A brincadeira nasce.
É o suficiente para deixar a magicar e a fazer suposições mesmo o mais desinteressado “bloguer” que vê o seu espaço de comentários invadido por um qualquer que não se define, mas se insinua.
Mas quem será?
Ai quem será?
E mesmo andando lá pelas nuvens, fica-se em pulgas porque a curiosidade é mais que muita. Não se fazem esperar as respostas em arremetidas bem sacudidas que fariam desistir à primeira qualquer pessoa, a menos que contra um touro determinado, esteja um carneiro teimoso.
É preciso fazer um desenho?
Mas pronto, não se pode deixar adiantar demasiado a brincadeira, mesmo que ela seja desprovida de qualquer intenção malévola. Por isso há que ter bom senso e pôr um fim.
Pois, pois!
Eu confesso...Tagarela sou eu e não falo tanto, mas minto muito.
Estou perdoada?
Mafalda, 13 de Março de 2011
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. TAGARELA