Veio daqui: http://www.facebook.com/profile.php?id=100001671767566&sk=friends&v=friends#!/manuela.m.pereira.5
Autora: Manuela Marques Pereira
“Uma língua é o lugar donde se vê o mundo e em que se traçam os limites do nosso pensar e sentir. Da minha língua vê-se o mar. Da minha língua ouve-se o seu rumor, como da de outros se ouvirá o da floresta ou o silêncio do deserto. Por isso a voz do mar foi a nossa inquietação.”
Vergílio Ferreira, Conta Corrente
Lindo não é?
Exactamente aquilo que precisava como introdução.
De volta a este meu espaço neste último ano tão abandonado, disposta a postar um novo texto, dou de caras com alguns comentários no último post que, por falta de assiduidade, nem sabia que tinha.
E antes de qualquer outra coisa, decidi-me a ler e responder aos mesmos, facto que alterou por completo a minha intenção. Escrever de novo.
É que por conta dos comentários, cheguei à conclusão que não só não sei escrever, mas pior que isso, quase “crime de lesa-pátria”, maltratei a língua portuguesa que tanto admiro e protejo.
E logo eu que por mais de uma vez, assinalei no meu blog, a falta de cuidado revelada por outros bloguistas em, por exemplo, erros ortográficos.
Que grande moralidade a minha para falar!
Ora, fazendo contas, dei conta (é mesmo assim que quero dizer), que por aqui ando acerca de cinco anos e meio. É mesmo muito tempo!
Quem já não estará farto de ouvir sempre a mesma música, deste fundo escuro, de ver aquela fotografia, na qual não consegui transmitir aquilo que vi e a emoção que senti, quando ao voltar-me, os meus olhos se depararam com um espectáculo da natureza, de beleza ímpar, lá no Castro de Monte Mozinho, concelho de Penafiel.
( http://pt.wikipedia.org/wiki/Castro_de_Monte_Mozinho )
Verdade que daqui arrecadei muitas alegrias, muitos momentos de sorrisos e de risos, boa disposição, também muita nostalgia, muitos desabafos de insegurança, de inquietações, de medos, até angústias, mas muito importante, amizades inesquecíveis que se revelaram sinceras, atentas e sem “o tal do diz que disse”... Estará bem dito assim?
Sorte a minha que não gosto de conflitos nem de hostilizar ninguém, mas que sendo muito insegura, sou igualmente selectiva nas minhas escolhas.
Pois é! Por tudo isto, pergunto-me se não será a hora do dizer adeus, de ficar apenas como espectadora.
Talvez este seja o último post, talvez haja um outro ainda ou talvez continue o blog.
Talvez recomece um novo blog. É fácil! Como era bom se fosse assim tão simples com a vida.
Nada está decidido ainda, mas existe o pensamento.
De qualquer modo ficarei sempre com a música aqui do lado.
O talvez fica pairando no ar como uma pena leve de gabbiano levada pela brisa que talvez sopre na minha direcção.
E embora já tenha escrito muito, não quero correr o risco de cometer mais erros.
Então decidi postar um texto que não é meu, mas sim de uma conceituada escritora, no qual, de certeza, não existem erros.
Nem tudo é fácil
É difícil fazer alguém feliz, assim como é fácil fazer triste.
É difícil dizer eu te amo, assim como é fácil não dizer nada.
É difícil valorizar um amor, assim como é fácil perdê-lo para sempre.
É difícil agradecer pelo dia de hoje, assim como é fácil viver mais um dia.
É difícil enxergar o que a vida traz de bom, assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua.
É difícil se convencer de que se é feliz, assim como é fácil achar que sempre falta algo.
É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar.
É difícil colocar-se no lugar de alguém, assim como é fácil olhar para o próprio umbigo.
Se você errou, peça desculpas...
É difícil pedir perdão? Mas quem disse que é fácil ser perdoado?
Se alguém errou com você, perdoa-o...
É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo, diga...
É difícil se abrir? Mas quem disse que é fácil encontrar
alguém que queira escutar?
Se alguém reclama de você, ouça...
É difícil ouvir certas coisas? Mas quem disse que é fácil ouvir você?
Se alguém te ama, ame-o...
É difícil entregar-se? Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida... Mas, com certeza, nada é impossível…
Precisamos acreditar, ter fé e lutar
para que não apenas sonhemos, mas também tornemos todos esses desejos,
realidade!!
Cecília Meireles
Mafalda, 7 de Junho de 2012
(Gabbiano – gaivota em italiano)
Aqui fica o meu desejo para que este não seja o ultimo post .
Ainda que não passe assiduamente, gosto de vir aqui.
Ultimamente, também eu ando muito ausente. é que o relógio não pára e o tempo não dá para tudo .
Um beijinho
São os naturais altos e baixos da disposição e do tempo.
Não é o último para já, mas ando com vontade de mudar. Não desisto deste entretimento e se este acabar outro surgirá.
E eu gosto de te ter por cá.
Beijinhos
De
luadoceu a 8 de Junho de 2012 às 16:57
Espero que voltes
A luadoceu esta a tua espera por algures por aqui
Um beijinho e gostei de te conhecer...mas fica...))
Luazinha que saudades de ti.
Eu voi ficar porque se este acabar, outro o substituirá.
Por isso, vamos sempre encontrar-nos.
Beijinhos
De
Rosinda a 10 de Junho de 2012 às 19:46
Olá Mafalda,
Cada ez mais se dá preferência ao facebbok e os blogs vão ficando abandonados...
fico com pena quando isso acontece, mas a decisão é sempre de cada um, farás o que achares melhor...
Um beijinho para ti
Rosinda
Rosinda
Não fiques com pena, sabes porquê?
Se este se for, outro virá e continuamos a encontrarmo-nos.
Quanto ao facebook, nem é essa a causa, porque eu muito pouco ligo àquilo.
Gosto muito mais do convívio dos blogs.
Com uma grande beijoca obrigada.
De
Cunha a 11 de Junho de 2012 às 04:50
Este gabbiano admirável, esta gaivota linda, em plena liberdade, nos "céus de Lisboa" , leva o trem de aterragem preparado para tudo. Aqui, não existem gaivotas, apenas montanhas, que nos separam do Tejo e desse mar imenso!
Quantas saudades e quantas lembranças, com o Sol a afogar-se para lá das bandas da Costa, em tarde de imorredoiras recordações!
Beijos, Mafaldinha!
Estou aqui a perguntar-me a mim mesma, se terás lido o que escrevi.
É que em verdade o teu comentário vai direitinho à fotografia, sem dúvida espectacular, como são todas as da sua autora, de quem muito gosto e admiro.
Mas, acho que te enganaste, porque para comentar a foto deverias ter ido directamente ao seu blog.
Acredita que a autora merece e agradecia.
De
cunha a 14 de Junho de 2012 às 06:07
Assim que possa, lhe enviarei oportuna mensagem, por tanta sensibilidade na captação dos mistérios da Natureza. No "Existe um Olhar", aparecem tesoiros que nos emocionam.
Parecidas com as gaivotas, temos por aqui os habitats das cegonhas. Para aqui regressam em força, no final do Inverno e já antes, por volta do mês de Dezembro, para , nidificarem. Depois, no final de Julho, emigram para outras paragens. Manifestam um carinho especial para com os filhos. Imponentes, rasgam, em baixos voos, o espaço dos lameiros e oldeiros, os sítios das barragens, à cata dos seus habituais manjares.
Aparecem-me na quinta, quando os chuveiros em arco-íris regam os milheirais. Um outro espectáculo, para quem está para cá do Tejo e vê e sente este outro alvoroço da Vida!
Vou lá para baixo, a iniciar o dia de trabalho, com as mulheres, que vieram para a colheita da cereja. Está no fim do ciclo vegetativo. Para o ano, haverá mais!
Vi o Povo em volta da sardinha, em dia de Santo António. Também por aqui, onde as tradições ainda não se extinguiram de todo, o Padre António romanceou a biografia do nosso taumaturgo e no final, o pão benzido, foi distribuído de avonde , num outro arraial, de espiritualidade.
Mafaldinha, se perderes alguma coisa, reza o responso a Santo António, que logo encontrarás algures.
Beijos!
De
cunha a 13 de Junho de 2012 às 03:00
A noite avança tranquilamente para as três da madrugada. Na estrada para Penamacor e cortando a minha quinta de Gralhais, onde procurei refúgio, nem uma viatura, a caminho de Espanha! Silêncio profundo! Nem sequer o rumorejar do pinheiral. Só os canhões do regadio da Cova da Beira a afogarem o milho com tanta água durante toda a noite!
Quem me dera a visita daquela gaivota tão linda e plena de liberdade. Voo arrebatador cortando a brisa marítima! E eu, aqui, rodeado de matos e montanhas. Boas noites, Mafaldinha. A bênção de Santo António!
De J.A. a 18 de Junho de 2012 às 08:46
Seja qual fôr a tua decisão, estou certo de "aqui ou ali" te poder encontrar e "não te perder"!!!!!!
J.A.
Eu ando a ganhar coragem, mas está a ser difícil.
Mesmo sem querer tenho um grande apego a este meu espaço.
Deixei aqui muito de mim. Levo o que ganhei das pessoas que aqui por mim passaram.
Mas... (ai esta palavrinha é terrível), tudo tem um princípio, meio e fim, por isso em algum tempo que muitas vezes não prevemos, outras não decidimos ao acaso, há que optar o que vale a pena.
Este blog teve o seu objectivo que, entendo, foi cumprido.
São portas que se fecham para a seguir abrir uma janela, são páginas que se viram, às vezes páginas que deixamos em branco, são ciclos que se contornam, são emoções que vamos aprendendo a controlar... e no entanto quando damos conta, de uma maneira ou outra tudo se revive. São assim as estradinhas da vida, tantas vezes surpreendentes.
Então é necessário preocuparmo-nos com as surpresas, tentarmos interpretá-las, abri-las e pô-las a nu, recomeçar com elas, ou simplesmente deixá-las de lado. Análise que há que suportar, enfrentar e seguir. Enfim, seja o que for que suceda, recomeços não implicam esquecimentos.
Assim, este "de mim para mim..." será sempre muito lembrado.
Estás certo sim! "aqui ou ali" havemos de nos encontrar... aliás acabaste de me dar uma excelente ideia.
Quanto ao "não te perder"... tu nunca me perdeste!
Obrigada e um beijo. Adorei o teu comentário.
Querida amiga
Emprestei-te esta gaivota para ensaiares novos voos, para aportares noutros portos, para puderes ver o sol nascer num qualquer areal, e vê-lo pôr-se no final do dia, para descobrir novos horizontes...mas há uma condição, a de voltares ao porto que te viu partir, para que todos os que te estimam possam continuar a admirar as palavras que a sabedoria que já possuis nos possa continuar a enriquecer..
Demora o tempo que precisares, mas por favor volta. gosto de te ver por aqui, voando com os teus sonhos e partilhando as tuas emoções.
Beijos
Manu
Manu
Adorei os voos que me proporcionaste nas asas desta tua gaivota.
Voos altos de grandes sonhos.
Sonhos que às vezes nos deixam por terra, sem chegar ao porto certo, ou simplesmente nos obrigam a permanecer no velho e já conhecido porto.
As emoções vivem sempre do nosso lado, para nos fazer tomar decisões difíceis.
São desafios que aceitamos de forma não leviana, tentando controlar o impulso do momento.
Por me ser difícil, por ter deixado muito de mim aqui, por levar tanto de pessoas como tu e outras, deixo arrastar o tempo para ganhar coragem.
Para tudo há que encontrar o tempo certo.
Sinto que ele vai chegando, mas andarei sempre por aí.
Beijinhos
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