Apesar de páginas datadas, não pretendem ser um diário.
São apenas…escritos de pensamentos, emoções, acontecimentos e também, alguns, fruto apenas da minha imaginação, que nestes dias me fizeram pegar no lápis e no papel, melhor, na esferográfica e no papel, melhor ainda, usar de honestidade e dizer encarando a realidade dos dias do século XXI e abraçando as novas tecnologias, que me fizeram, dizia eu, ligar o meu PC, usar as letras do teclado e formar palavras, construindo frases que terminam nos textos que aqui deixo.
Se algum dia forem lidos por alguém eu os dedico a cada leitor, pois decerto encontrarão neles a simplicidade e a sinceridade com que os escrevo e a minha imensa gratidão a todas as pessoas, que com maior ou menor intensidade fizeram parte da minha existência, igual na sua essência à maior parte do comum mortal.
Vivemos neste mundo, todos com idênticos desejos e receios. Sentimos a mesma serenidade e a mesma ansiedade. Surgem-nos a todos alegrias e tristezas.
Apenas diferimos no modo como encaramos, transmitimos, solucionamos, lutamos ou nos deixamos arrastar, por todas as experiências que cruzam as nossas vidas e nelas incluo a morte.
Porque tudo é viver e nós somos a vida.
Quero apenas acrescentar que só me atrevo a publicar em Blog aquilo que escrevo, por ter dado a ler a minha irmã a meia duzia dos primeiros textos, pedindo-lhe que comentasse, sem receio de me dizer a verdade.
Porque nela eu vejo, inteligência, sabedoria e a vida ensinou-lhe do pior modo o dom da condescendência, da sensibilidade. Da sua opinião dependia a minha decisão.
O que me respondeu e que a seguir transcrevo, fê-lo por escrito. Perceberão o porquê quando lerem as suas palavras.
Foram elas que me incentivaram a continuar.
Mas continuo a pensar que me sobrevalorizou em todos os sentidos.
Mafalda, 12 de Janeiro de 2007
“Querida Mana
Não sei como te agradecer por me deixares ler o que escreveste.
Não só pela bela leitura, mas também e principalmente pela confiança de me mostrares os teus sentimentos, angústias e acima de tudo a força do teu caracter.
Confesso que durante a leitura algumas vezes me vieram as lágrimas aos olhos e é por isso que prefiro escrever a dizer-te pessoalmente o que senti.
Penso que com as vicissitudes da vida se perdeu uma bela escritora, que podias ter sido, mas não se perdeu uma grande e bela mulher que és.
Quem me dera...ter uma varinha de condão para poder fazer a vida voltar a trás, de modo que a tua fosse de outra forma, que o teu canto não parasse, que as tuas tão alegres gargalhadas ainda se ouvissem todos os dias. Mas não tenho...
O que te posso dizer, é que em mim quaisquer que sejam as circunstâncias, terás sempre o apoio que achares necessário e que nunca será tanto como o que me tens dado.
Apenas te quero dizer mais uma coisa: Mais que um diário, o que escreveste é uma bela colectânia de poesia, como alguns que se dizem poetas, não conseguem fazer.
Continua, continua, continua. Algum dia por certo além de mim, alguém te agradecerá.”
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