É com um sorriso espontâneo que aqui deixo ficar o aviso de que o
Desafio em Cadeia
está de novo a rodar.
Ele está aqui anunciado pelo lindo sorriso da Manu
E com um sorriso de admiração vejo que já vai na sétima volta!
Um projecto que tem ao longo do tempo, adquirido mais elos e criado mais laços entre os participantes que sorridentes se envolvem num bonito e acolhedor abraço, num dar as mãos para que o desafio não caia.
Há sempre uma palavra envolvida, uma palavra que nos desafia, que nos motiva.
É segredo?
Não!
Mas eu sou um diabinho de pessoa e não divulgo.
Isso! Sorria, vá até lá e descubra como um simples sorriso atrai outro tão belo sorriso.
Não se fique por olhar e sorrir... participe e acredite que no final colherá outro sorriso de volta.
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Tempo…
Sê Feliz! Disse-me o Tempo.
Olhei-o demoradamente e por fim sorri.
- Parece teres ficado admirada com este meu desejo.
-Reparaste que tempo do verbo empregaste?
- Sim. Utilizei o Presente no Modo Imperativo, mas apenas quis exprimir um conselho, nunca uma ordem.
- Não te preocupes. Não fiquei zangada, nem apreensiva. Apenas pensativa! Achei curioso, aquilo que conclui.
- E posso saber o quê?
- Repara. Falaste no tempo presente. No entanto, agora, neste momento, já é tempo passado.
- Como assim? Eu estou aqui e agora!
- Sim, mas as tuas palavras já se ouviram lá atrás.
Deixa que partilhe contigo o que reflecti naquele espaço de tempo.
Como classificamos o Tempo? Passado, Presente e Futuro, mas em realidade apenas existe passado.
- Estás a dizer-me que eu não sei aquilo que sou? Que aquilo que sempre fui é uma mentira? Que aquilo que sempre serei, de repente, por milagre, ou só porque tu queres, deixará de o ser?
Desculpa, mas é demasiada petulância tua, quereres alterar uma certeza, um conceito adquirido, uma lei da natureza, um dado científico.
- Não te exaltes, mas sobretudo não te feches a uma nova perspectiva. Só te peço que me oiças com alguma paciência e claro muita benevolência.
Quem sou eu para alterar uma lei universal? Todavia, podemos sempre especular, usar alguma imaginação e divertirmo-nos com isso. Olha, encara esta minha ideia como um filme de ficção científica. Vês, estou a admitir o Tempo no Futuro.
Escuta, todos nós temos um passado, certo? Ele pode ser maior ou menor, conforme o tempo que já vivemos.
E como dividimos o Tempo? Aqui ajudam-te os teus preciosos aliados, como os calendários, os relógios que vão contado anos, meses, semanas, dias, horas, minutos, segundos… Isto, numa abordagem mais restrita e simples, pois como sabemos, poderíamos continuar infinitamente.
Juntando todos estes espaços de tempo, vamos somando sempre mais tempo ao nosso tempo.
Perguntei-me em que se tornavam. Onde estavam o presente e o futuro? O futuro não o encontrei e o presente escapou-me tão depressa! Qual de todos era então o mais duradouro? Respondi-me o passado.
Porquê? Porque o presente, assim como o passado, houve tempo em que foi futuro, mas logo que se torna presente, é muito breve. Dura apenas um instante e logo vira passado. Se o futuro é tempo que ainda não tivemos e o presente é veloz, rápido demais, se transformando em passado, o tempo que mais temos é sem dúvida tempo passado.
Será que raciocinei bem?
Estou aqui e agora, como tu dizes, contudo, para me expressar, empreguei o verbo num tempo passado.
Não consigo quantificar-te ou qualificar-te se o meu tempo é ou foi feliz. Muito menos se o será. Sempre encontramos de tudo no seu decorrer, mas pesar na balança uns e outros espaços e verificar para que lado o ponteiro descai, é um tanto difícil. O ideal seria que ele pendesse para o lado feliz. Já não seria mau se existisse um equilíbrio. Da terceira hipótese, nem dela quero falar.
Agora peço-te que olhes com atenção o meu rosto. Vês estas marcas vincadas? Chamam-se rugas. São vestígios de ti. São as “estradinhas da vida” que em mim se reflectem do tempo que já vivi. São um bom sinal. Contam que o meu tempo tem sido longo.
Nesta circunstância, tu não és igual. Às vezes és demasiado curto, outras procuras ser… que tal chamar-lhe normal e outras ainda prolongas-te…
Nunca nos deixas saber quando nos vais abandonar, mas isso é bom. Revelas uma enorme sensatez.
Como somos tolos querendo condicionar-te desejando que corras, ou quase implorando que pares.
Não imaginas como este tempo que acabei de passar dialogando contigo me deixou tranquila. Ao contrário de ti, pois de tão silencioso, me deixas a adivinhar. Dirás que não tenho parado de apenas divagar.
Mas dás-me um sopro de brisa fresca que brinca no meu cabelo, mostras-me um céu azul que me encanta e um sol radioso que me aquece e conforta.
É tempo de Primavera. Só agora reparo nisso! Será que tu, Tempo também estás feliz?
Já percebi! Queres dizer-me como foste paciente e benevolente.
Logo, logo chegará o Verão e será tempo de calor intenso, depois o tempo de Outono, uma passagem intermédia para um tempo de mau tempo – o Inverno, no rigor do tempo das tempestades.
E os dias e as noites sempre de duração diferente em qualquer tempo do ano.
Sempre belo, sempre instável, muito versátil.
Tempo, te peço. Dá-me tempo dos teus tempos, para que eu possa ter tempo, de os meus tempos apreciar.
Mafalda Gomes, 30 de Abril de 2010
Dedico este meu texto a todos quantos, desde o seu início, começando pela autora, passando pelos participantes de todas as voltas, pelos seus vencedores e consequentes organizadores e ainda a todos que futuramente se juntarão a este projecto, por dedicarem um pouco do seu tempo, ao Desafio em Cadeia, entrelaçando novos elos, desenhando novos laços, numa partilha de sentimentos e solidariedade e até construindo lindas amizades.
Cabem muitos tempos dentro do nosso tempo, até o tempo gramatical.
Tempo de ser criança, jovem, adulto e velhote.
Tempo de ser mimado e tempo de acarinhar, proteger.
Tempo de rir e brincar e tempo de chorar, sentir tristeza.
Tempo de amar e tempo de ser amado.
Tempo de aconchegar com um sorriso, de consolar com um abraço.
Tempo irrequieto de sentir o sol e tempo tranquilo ao ver a chuva lá fora.
Tempo em que o tempo corre, ou passa devagarinho.
Tempo de conviver, ter companhia e tempo de estar sozinho.
Às vezes corremos atrás do tempo, outras sobra-nos tempo.
Mas o tempo é sempre igual a si próprio. Repetitivo. Dentro do tempo que nos é concedido, também igual para todos. Somos nós ou o acaso que parece torná-lo diferente.
É pois tempo de pensar no tempo que desperdiçamos, por vezes em questões sem sentido e aproveitá-lo no seu máximo porque ele sempre nos parece curto e sempre queremos mais.
Não são precisos grandes feitos… basta, por exemplo, observar com admiração uma simples joaninha.
Olá, estou a estudar Português e eu aconteceram em seu blog que bom! |
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