“Não confundas o amor com o delírio da posse, que acarreta os piores sofrimentos. Porque, contrariamente à opinião comum, o amor não faz sofrer. O instinto de propriedade, que é o contrário do amor, esse é que faz sofrer. (...) Eu sei assim reconhecer aquele que ama verdadeiramente: é que ele não pode ser prejudicado.
O amor verdadeiro começa lá onde não se espera mais nada em troca.”
Antoine de Saint-Exupéry
A primeira vez que li este pequeno excerto, fiquei meditando nele e confesso que não estive de acordo.
E pensava como podia eu, uma simples pessoa, discordar de tão belo escritor, mente aberta e iluminada.
A verdade é que nunca me esqueci desta teoria que foi pouco a pouco amadurecendo no meu pensamento.
Hoje, eu compreendo e aceito.
Em qualquer forma de amor, há quase sempre, mesmo sem querer, mesmo que não se seja possessivo, o sentido da posse.
Isso leva-nos ao sentimento de perda e aí sim começa o sofrimento.
Certo é que cada pessoa é única, individual e livre de voar a seu tempo. Certo é que ninguém é de ninguém.
Mafalda, 20 de Maio de 2010
(foto da net)
De Sindarin a 20 de Maio de 2010 às 14:39
Olá minha amiga! Ninguém é de ninguém mesmo embora chamarmos "meu/minha" saiba tão bem. Porque além de adorar o autor não concordo com ele. O amor faz sempre sofrer e não é pela posse só. Damos por nós a sofrer de preocupação de amor pelos filhos se vêem mais tarde, de amor pelo próximo até por sermos incapazes de lhe tornar a vida menos penosa. Mas para mim será esse "sofrimento saudável" que nos faz crescer e chegar à conclusão que por amar incondicionalmente temos de partilhar e aceitar que haja várias formas de amor... olha sei lá sou eu com as minhas teorias. A frase é linda o escritor é enfim... não há palavras e o teu post está lindo e muito certo também. E olha amiga nada, mas nada me daria mais gosto, se quiseres claro do que transformarmos o teu blog em conjunto, se quiseres posso dar umas dicas. Isto também além de amizade, será uma outra forma de amor...Desculpa não leves a mal amiga, a sério, são só as minhas ideias e já escrevi um testamento. Desculpa. Se quiseres é só dizer. Bjs e abraços apertados.
Amiga, começo por te pedir desculpa no atraso da resposta, mas desde sexta passada, só hoje tenho tido tempo para mim.
Tal como tu a principio discordei e mesmo abrangendo todas as formas de amor, foi assunro que me deu que pensar.
Mas repara, citas como exemplo o amor pelos filhos e o sofrimento que sentimos por diversas razões que lhes dizem respeito. Dou-te inteira razão. Mas não acredito que vás sentir sofrimento, quando um dia as tuas meninas partirem voando seguindo suas vidas, como o natural da vida. Claro que vais sentir saudades do tempo em que as vias e conversavas com elas todos os dias. No entanto há pais que sentem isso com um sofrimento como se os tivessem perdido. É aí que reside o sentido da posse e é a esse sofrimento que o autor se refere.
Fui como tu buscar o exemplo dos filhos... não sei se me consegui explicar ou, se pelo contrário me baralhei toda. Reconheço que é um assunto controverso que daria uma bela duma discussão, no bom sentido claro.
Sindarin amiga, obrigada mesmo pela tua disponibilidade para transformar aqui o meu bloguito, és um amor. Como poderia levar a mal? Agora olha se um dia te bater á porta a pedir ajuda não te admires.
Acima de tudo obrigada pela tua amizade sempre presente.
Por falar em testamento... o melhor é calar-me já... ahahahah.
Beijokinhas amiga Sindarin
De
libel a 21 de Maio de 2010 às 13:54
Olá Mafalda,
Acho que esses sentimentos se apoderam de todos nós sempre que amamos alguém, só mais tarde quando ficamos mais maduros, experientes e conscientes, depois das tais pancadas da vida, dos tais erros cometidos, da tal aprendizagem forçosa, dos tais caminhos avessos, começam a esfumar-se, pois tendemos a apreciar tudo com mais cuidado, a avaliar ponderamente, a confiar nos nossos instintos, a cuidar de nós, aprendemos a gostar de nós, a olhar para nós e a melhorar o nosso viver, pois percebemos que para fazer alguém feliz, temos que nos sentir felizes também!!
E ninguém se sente feliz aprisionado.
É bom começar a perceber que tudo aquilo que é bom para nós e que desejamos alcançar, também o será para os que amamos!!..Por isso, viva e deixe viver....
Beijokas amiga...
Libelinha falou e disse... nem mais, nem menos... que mais posso acrescentar?
"... passarinho na gaiola fez um buraquinho voou, voou, voou..."
Começo bem não é?
Ninguém é feliz aprisionado...
há quem cresça rápidamente e quem cresça devagar... mas há até quem nunca cresça.
Feliz de ti que, sem perder a frescura da mocidade, aprendeu a filosofia da felicidade.
Talvez nem sempre tenha sido fácil. Mais mérito tem amiga.
Seguir o teu conselho sem dúvida... Viver e deixar viver.
Beijokas amiga
De
luadoceu a 22 de Maio de 2010 às 08:35
Um bjinho
Bom fds
Obrigada Luadoceu
Beijinhos também para ti amiga
De retornodemim a 22 de Maio de 2010 às 10:33
Ola amiga mafalda...aproveito para te visitar e pelo que li concordo plenamente com Antoine de Saint ...amor ê amor, nunca o devemos ver como uma conquista mas sim como um sentimento ûnico, como se de uma pequenina flor que devemos cuidar, regar, falar, cheirar ...e no dia em que esquecemos isso a mesma morre aos poucos, levando com ela um pouco de cada um...nada ê de ninguem independentemente do sentimento que os une.
Beijinhos amiga
Amigo Rui
Tu és sem a menor dúvida um ser apaixonado.O amor em ti é uma constante, vivido, sonhado, recordado, perpetuado, poetizado e sempre apaixonante.
É o que me transparece de ti pelo que de ti tenho lido nos teus vários blogues.
Sabes que a mim me levou algum tempo a entender e a conseguir separar as águas desta verdade?
O sentimento tem que ser acarinhado e cuidado para permanecer, mas acima de tudo, livre.
E se de outra maneira não puder existir, pois que seja apenas um sonho... mas um sonho bom.
Beijinhos Rui
ohh amiga ninguem gosta de viver aprisionado,la isso nao mas por vezes isso acontece. de qualquer maneira toda a gente é livre à sua maneira mas livres. "uma gaivota voava voava/somos livres,somos livres" com certeza te lembras desta cançao. beijinhos tou a ver o festival da canção. adorava que Portugal ganhasse mas nossa cantora nao presta para nada...... no entanto ha que ter esperanças....
Sim lembro-me dessa canção e acho que a tua mensagem em acreditares que todos, embora cada qual à sua maneira é livre, é uma mensagem de esperança... não quero ser antipática, nem pessimista, mas já quanto à tua esperança de que Portugal ganhe o Festival da Canção, ponho as minhas dúvidas...
Mas desejo que eu esteja errada ok?
Beijinhos
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