Há dias diferentes e que inevitavelmente se tornam especiais e de que nos vão ficar as recordações para toda a vida.
Se quando entrei, muito a medo, muito pouco atrevida, muito solitária, muito no meu mundo apenas, neste mundo da blogosfera alguém me dissesse que o dia de ontem iria acontecer, eu juro que não acreditaria. Até talvez apelidasse de doido, quem tal mo afirmasse.
Porém nos últimos tempos, em que com algumas pessoas (muitos teremos tendência a não lembrar que efectivamente por trás deste monitor, existe gente de verdade) me tornei mais íntima e próxima, comecei a “adivinhar” essa possibilidade que para ser franca me assustava. Era o sair deste escudo protector e dar a cara.
Tal como imaginei, a possibilidade aconteceu. Esqueci todos os receios porque a vontade era dizer simplesmente sim.
E porque se tornam esses dias especiais? Porque as pessoas também são especiais e me aceitaram como sou e encheram de mimos e surpresas, coisas de que eu tanto gosto.
E nessa bela Vila de Óbidos num convívio muito alegre e gratificante, com vontade de repetir, vivemos um conhecimento recíproco, com todos os “sabores” a que tínhamos direito.
Claro que vou falar do almoço, mas os “sabores” a que me refiro, não foram apenas os da comida. Eles englobam tudo o que foi vivenciado.
Almoçamos num restaurante que eu classificaria de charme (sem nada ter que ver com a perspectiva da hotelaria), mas foi isso que senti.
E degustámos um irresistível Arroz Selvagem, um sofisticado Bacalhau com Castanhas, acompanhados, imaginem só, com uma distinta e bem fresquinha sangria de champanhe.
Eu mostro… e quem sabe… sentirão o cheirinho.
Partilhamos os quatro, duas sobremesas de taça e graças à delicadeza de que é dotada, alguém se lembrou de levar uma célebre e deliciosa tarte de amêndoas.
Tudo isto entre conversa que nunca faltou e risos alegres e francos.
Aposto em como estão a pensar… Óbidos? Então e a Ginjinha?
Alguma vez na vida essa podia faltar?
Depois da vista altaneira do Castelo, descemos às ruas e vielas e num barzinho, onde cheirava a chouriço assado, ficámo-nos por um cálice porque alguém tinha que conduzir.
Olha aí a tua bicicleta… pena não ter tirado mais de frente.
O tempo ajudou. Apesar de alguns pingos de chuva passageiros, o céu mostrou-nos a sua cor, como se quisesse que tudo fosse perfeito.
À noite em casa sozinha e já depois da meia-noite, relembrava o dia com um sorriso. Cortei uma fatia da famosa tarte e um cálice de Moscatel de Favaios e a vocês brindei, agradecendo o dia que me ofereceram.
Tenho as vossas fotos em real e ao vivo. Que mais poderia desejar?
Obrigada mesmo! O dia foi único e maravilhoso e eu adorei.
Desculpa a ti fazer-te chegar atrasada, quem sabe obrigar-te a roubar algum tempo do teu descanso de hoje.
Hoje é outro dia. Será diferente sem dúvida, mas igualmente delicioso, disso também tenho a certeza.
Mafalda, 18 de Abril de 2010
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
. A pena do gabbiano deslis...
. O BEIJO
. Casa Arrumada... Desarrum...