http://fotos.sapo.pt/gilreis/fotos/simples-bonitas/?uid=RfA4vfSKlPK9h3HJbOdD
Foto de: Gilreis
E desfolhando o malmequer, ia cantando a lengalenga popular...
mal-me-quer,
bem-me-quer,
muito,
pouco,
ou nada.
Oh! Que desilusão!
Mafalda, 25 de Junho de 2012
Por aqui namora-se um pouco.
Indiferentes à brisa ligeira que sopra fresca, numa praia que é só deles.
Ou será que,...
É um acerto de divergências.
Um pôr de pontos nos “Is”.
Um esclarecer de dúvidas.
Um projecto para o futuro, ou um romper com o passado?
A imaginação, tudo pode!
Do lado de cá da lente, cada um conta a história que quiser e do seu jeito.
De uma coisa há a certeza… a praia é só deles!
Mafalda, 23 de Junho de 2012
“...Ó noite de Santo António
Ó Lisboa de encantar
De alcachofras a florir
De foguetes a estoirar
Enquanto os bairros cantarem
Enquanto houver arraiais
Enquanto houver Santo António
Lisboa não morre mais…”
Noite de festa na cidade que de noite não se deita e vai de bairro em bairro pelas colinas espalhados, festejar com grande fogo, dando vivas à tradição, as festas populares.
E de viela em viela, becos e estreitas ruelas, escadinhas e pátios, nascem molhos de gente, mirando a luz e a cor dos enfeitados arraiais.
Ouvem-se os pregões chamativos a que ninguém resiste.
“Olha a bela sardinha assada!”
E lá vem mais uma pratada ali para a mesa do lado, onde há grande animação, que a canequinha de barro, já de vinho se encheu.
Ele há bifanas grelhadas, entrecosto para roer e bem cheiroso e apetitoso aquele chouriço assado que só de ver Santo António, dá vontade de comer.
Na bancada improvisada há filas de manjericos fresquinhos como uma alface no seu atraente verde que surge no laranja do seu vaso, onde nasce por acaso uma quadra adequada a cada ocasião.
Há risos e gargalhadas e já de barriga cheia, circula-se pelos bailaricos. |
O povo é tanto que dão-se as mãos na tentativa de se manterem juntos e mesmo assim há quem se perca.
- Mafalda onde estás?
- Mesmo ao pé do altar de Santo António.
- Já vamos aí ter.
- Para a próxima vens pela trela para não desapareceres.
- Distrai-me um pouquinho em busca de uma fogueira, só queria saltar e queimar a alcachofra.
- Olha-me este parvo, deu-me um beliscão no rabo!
- Essa agora foi boa Isabel. Não lhe deste um bofetão?
- Sei eu lá quem foi Manuela? A esta hora, já quantos outros não deu por essa multidão fora.
Tudo ri, a boca, os olhos e o coração e continua a animação.
E descendo a Avenida lá vão desfilando as marchas em franca rivalidade, entoando os seus hinos e enchendo de luz e cor o espaço de Lisboa, comemorando este ano, 80 anos de idade. |
O povo olha atento, numa mistura de bairrismo e admiração. |
Surpresa das surpresas, comemoram este ano também, o Ano de Portugal no Brasil, Ano do Brasil em Portugal e integram no desfile de dia 12 de Junho o agrupamento brasileiro Rei de Paus, para além dos restantes convidados: Dança do Dragão (Macau), National Band (Emirados Árabes Unidos) e o Projecto Chuva d’Amor (Portugal).
Pela noite dentro, vão entrando as horas que conduzem ao cansaço da madrugada e os pés, esses coitados pedem ao Santo milagreiro, o milagre de uma cama.
Eu por mim, só lhe peço uma coisinha…
Ó meu rico Sto. António
De fama casamenteiro
Não me dês nenhum Toino
Dá-me antes um canteiro
Pra despejar esta tralha
Bem juntinho lá do chão
Que a cabeça me baralha
E me dói no coração.
Mafalda, 13 de Junho de 2012
Veio daqui: http://www.facebook.com/profile.php?id=100001671767566&sk=friends&v=friends#!/manuela.m.pereira.5
Autora: Manuela Marques Pereira
“Uma língua é o lugar donde se vê o mundo e em que se traçam os limites do nosso pensar e sentir. Da minha língua vê-se o mar. Da minha língua ouve-se o seu rumor, como da de outros se ouvirá o da floresta ou o silêncio do deserto. Por isso a voz do mar foi a nossa inquietação.”
Vergílio Ferreira, Conta Corrente
Lindo não é?
Exactamente aquilo que precisava como introdução.
De volta a este meu espaço neste último ano tão abandonado, disposta a postar um novo texto, dou de caras com alguns comentários no último post que, por falta de assiduidade, nem sabia que tinha.
E antes de qualquer outra coisa, decidi-me a ler e responder aos mesmos, facto que alterou por completo a minha intenção. Escrever de novo.
É que por conta dos comentários, cheguei à conclusão que não só não sei escrever, mas pior que isso, quase “crime de lesa-pátria”, maltratei a língua portuguesa que tanto admiro e protejo.
E logo eu que por mais de uma vez, assinalei no meu blog, a falta de cuidado revelada por outros bloguistas em, por exemplo, erros ortográficos.
Que grande moralidade a minha para falar!
Ora, fazendo contas, dei conta (é mesmo assim que quero dizer), que por aqui ando acerca de cinco anos e meio. É mesmo muito tempo!
Quem já não estará farto de ouvir sempre a mesma música, deste fundo escuro, de ver aquela fotografia, na qual não consegui transmitir aquilo que vi e a emoção que senti, quando ao voltar-me, os meus olhos se depararam com um espectáculo da natureza, de beleza ímpar, lá no Castro de Monte Mozinho, concelho de Penafiel.
( http://pt.wikipedia.org/wiki/Castro_de_Monte_Mozinho )
Verdade que daqui arrecadei muitas alegrias, muitos momentos de sorrisos e de risos, boa disposição, também muita nostalgia, muitos desabafos de insegurança, de inquietações, de medos, até angústias, mas muito importante, amizades inesquecíveis que se revelaram sinceras, atentas e sem “o tal do diz que disse”... Estará bem dito assim?
Sorte a minha que não gosto de conflitos nem de hostilizar ninguém, mas que sendo muito insegura, sou igualmente selectiva nas minhas escolhas.
Pois é! Por tudo isto, pergunto-me se não será a hora do dizer adeus, de ficar apenas como espectadora.
Talvez este seja o último post, talvez haja um outro ainda ou talvez continue o blog.
Talvez recomece um novo blog. É fácil! Como era bom se fosse assim tão simples com a vida.
Nada está decidido ainda, mas existe o pensamento.
De qualquer modo ficarei sempre com a música aqui do lado.
O talvez fica pairando no ar como uma pena leve de gabbiano levada pela brisa que talvez sopre na minha direcção.
E embora já tenha escrito muito, não quero correr o risco de cometer mais erros.
Então decidi postar um texto que não é meu, mas sim de uma conceituada escritora, no qual, de certeza, não existem erros.
Nem tudo é fácil
É difícil fazer alguém feliz, assim como é fácil fazer triste.
É difícil dizer eu te amo, assim como é fácil não dizer nada.
É difícil valorizar um amor, assim como é fácil perdê-lo para sempre.
É difícil agradecer pelo dia de hoje, assim como é fácil viver mais um dia.
É difícil enxergar o que a vida traz de bom, assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua.
É difícil se convencer de que se é feliz, assim como é fácil achar que sempre falta algo.
É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar.
É difícil colocar-se no lugar de alguém, assim como é fácil olhar para o próprio umbigo.
Se você errou, peça desculpas...
É difícil pedir perdão? Mas quem disse que é fácil ser perdoado?
Se alguém errou com você, perdoa-o...
É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo, diga...
É difícil se abrir? Mas quem disse que é fácil encontrar
alguém que queira escutar?
Se alguém reclama de você, ouça...
É difícil ouvir certas coisas? Mas quem disse que é fácil ouvir você?
Se alguém te ama, ame-o...
É difícil entregar-se? Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida... Mas, com certeza, nada é impossível…
Precisamos acreditar, ter fé e lutar
para que não apenas sonhemos, mas também tornemos todos esses desejos,
realidade!!
Mafalda, 7 de Junho de 2012
(Gabbiano – gaivota em italiano)
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