Foste entrando e logo perguntando… isto é algum arraial? Ainda estou com os olhitos meio fechados… ah, já percebi, são os carrinhos de choque… uauuuuu!!!!
Nãooooooooooooo é teu Dia de Aniversário… ip, ip, urra!!!!!!!!!!!
Com que então caiu na asneira
De fazer no Domingo
Trinta e três anos…
Ainda se os desfizesse,
Mas fazê-los não parece
De quem tem muito miolo
Que me desculpe o poeta
E vai mais um… não custa nada… ano a ano é só acrescentar um… e enquanto se vão somando, que bom que é.
Haja saúde, alegria, amor, tranquilidade e algumas moedinhas no bolso sempre em tua vida, porque hoje é Dia de Festa.
E em dia de festa, se oferecem presentes… te daria o mundo… aqui fica todo o meu amor que é do tamanho do universo inteiro, atado num lindo laço enfeitado.
Um dia muito feliz para mim por te ter comigo e poder dizer com o maior carinho…
Dá-me um abraço apertado…
Te amo muito, muito…
Te desejo as maiores felicidades…
Muitos Parabéns Meu Querido…
Mafalda, 23 de Maio de 2010
Casualmente passei hoje pelo Portão Verde do Alfeite. Faz tanto tempo que não entrava naquela rua!
Lembrei-me de quando ali cursavas o teu curso de engenharia e logo de seguida, do dia em que partiste no Navio Escola Sagres, rumo ao Brasil.
Justo hoje!
Na quarta-feira passada encontrei a Paula ao pé da casa de teus pais. Nem sei bem há quantos anos a não via.
Vê bem como são as coincidências!
A saudade que me traz esse tempo! E se eu sinto, imagino quantas mais não deves tu albergar em teu coração.
Oh, eu sei que me dirás que não, mas lá no fundo, bem sabes que é verdade.
Não te amava então mais do que amo agora, mas tu sim. Amavas-te muito mais do que no presente.
Sentes falta desses tempos e todos nós sabemos que sentes, não por estes pequenos acontecimentos ultrapassáveis, mas por outras circunstâncias muito mais especificas e inalteráveis.
Mesmo assim hoje e sempre continua sendo o teu dia... e o que gostaria de te poder oferecer era exactamente esse amor que por ti próprio sentias.
Parabéns João Eduardo com todo o carinho que esta tua tia sente por ti.
Mafalda, 22 de Maio de 2010
“Não confundas o amor com o delírio da posse, que acarreta os piores sofrimentos. Porque, contrariamente à opinião comum, o amor não faz sofrer. O instinto de propriedade, que é o contrário do amor, esse é que faz sofrer. (...) Eu sei assim reconhecer aquele que ama verdadeiramente: é que ele não pode ser prejudicado.
O amor verdadeiro começa lá onde não se espera mais nada em troca.”
Antoine de Saint-Exupéry
A primeira vez que li este pequeno excerto, fiquei meditando nele e confesso que não estive de acordo.
E pensava como podia eu, uma simples pessoa, discordar de tão belo escritor, mente aberta e iluminada.
A verdade é que nunca me esqueci desta teoria que foi pouco a pouco amadurecendo no meu pensamento.
Hoje, eu compreendo e aceito.
Em qualquer forma de amor, há quase sempre, mesmo sem querer, mesmo que não se seja possessivo, o sentido da posse.
Isso leva-nos ao sentimento de perda e aí sim começa o sofrimento.
Certo é que cada pessoa é única, individual e livre de voar a seu tempo. Certo é que ninguém é de ninguém.
Mafalda, 20 de Maio de 2010
(foto da net)
Ontem pela noite, dei comigo a fechar a porta de casa à chave. Experimentei uma sensação diferente. Como se o coração parasse e o corpo estremecesse.
Voltei à sala, poisei as chaves na mesa, sentei-me e fiquei observando-as. Depois acendi as velinhas como às vezes faço. A televisão tagarelava. Pararam-se-me os olhos no cinzeiro. Apeteceu-me um cigarro. Não fumo, por isso não tinha, nem ninguém que me oferecesse.
Foi então que entendi.
Estava só.
Um por um, eles vão saindo, seguindo os seus caminhos, como um roteiro turístico oferecido pela vida.
Um por um, nos caminhos que se impuseram, nos caminhos possíveis, nos caminhos escolhidos.
Eu que sempre lá estive continuo a estar, fico, observo estonteada, absorvo o entendimento, revejo-me nesses caminhos e por fim livre, sinto-me presa.
Sou prisioneira de sentimentos que jamais deixarei de sentir, numa constante e perpétua realidade que em mim persiste.
Compreendo que o meu caminho mudou de novo, rumo a uma maior liberdade ansiada e no entanto estou triste.
Nesta dualidade de sentires, cansada, adormeci.
Mafalda, 18 de Maio de 2010
(foto minha)
Não sei se vou conseguir surpreender, mas aposta que aceito o desafio.
Nasci e toda a família à espera dum rapazola, porque já tinha duas maninhas e eu teimosa saí rapariga. Feiinha como uma noite de breu… não rias… é verdade… havias de ouvir, ainda hoje as manas falarem sobre isso, mas sou uma sortuda, sabes porquê? Porque depressa esqueceram a desilusão e me mimaram até mais não.
E lá fui crescendo com as minhas dificuldades de criança débil, que não comia e eu lembro-me bem da hora da refeição ser um tormento, mas sou uma sortuda sabes porquê? Porque minha mãe pessoa a pender para a austeridade, o que punha na mesa era o que se tinha que comer, menos eu para quem havia sempre algo diferente dentro do muito pouco que eu gostava.
Na verdade tive três mães e só sei que as amo muito a todas. Haverá muitas pessoas que se podem gabar disso? Vês, sou uma sortuda.
Enquanto uma, apesar de menos lamechas me deixou o legado de saber ser responsável e disciplinada, as outras duas além de o reforçarem deram-me a herança da protecção. Foram minhas fadas madrinhas me abençoando por toda a vida. Vês como sou sortuda?
Meu pai… ah, meu pai! Me aquecia meus pés pequeninos nas suas mãos sempre quentes. Sabes que nunca me ralhou? Vês como sou sortuda?
E como toda a gente fui crescendo. E quem não gosta na adolescência e na juventude de olhar para a sombra e sentir-se admirada? Talvez eu fosse como o Patinho Feio da história da nossa infância, porque de feiinha passei a uma rapariga interessante. Sou ou, não sou sortuda?
Sempre gostei de rir e de brincar e vivia despreocupada, talvez até um pouco irresponsável. Diziam que ria também com os olhos e que falava também com as mãos e com tudo isto fui cábula sim senhor, daí falar de irresponsabilidade, mas sou uma sortuda sabes porquê? Nós, as três manas, tivemos todas a mesma professora de instrução primária. Na minha vez encarregou-me do economato. Um dia veio conferir e… faz de conta que eu tinha vendido 12 lápis a 2 tostões cada um. Era fácil! Bastava multiplicar 12x2=24… pois… mas aqui a menina resolveu que era mais jeitoso somar dois tostões doze vezes. Levei logo roda de burra com todas as letras e que não saía às minhas irmãs, nem aos calcanhares lhes chegava. É aqui que está a chave da minha sorte, porque nunca na vida me esqueci do nome da minha professora – Beatriz. Muita gente não lembra, mas tem mais, o ralhete só contribuiu para aumentar a minha admiração pelas manas. E apesar de cábula, quando terminei os estudos, arranjei depois de apenas duas tentativas o trabalho que me ficou para a vida. Tu conheces tantos jovens de hoje. A quantos deles isso sucede? Entendes porque sou sortuda?
Nunca me saiu o euro milhões, mas sou uma sortuda sabes porquê? Porque quando quero, tenho dois euros para poder jogar.
Nos amores? Espera que te conte. Fui sempre mulher de paixões. A muitas fui correspondida, a outras nem tanto. O pior, ou o melhor, não sei, é que assim que me pareciam seguras… volatilizavam-se, evaporavam-se e deixavam-me de novo livre, leve e solta. É ou não ser sortuda?
No meio disto tudo tive dois “amores-perfeitos”, longos e duradoiros. Perdi ambos de maneiras diferentes, mas sou uma sortuda sabes porquê? Porque aquilo que vivi foi espantosamente lindo e posso dizer com sinceridade que conheci a verdade no amor e tudo o que lembro, agora faz-me sorrir.
E no apogeu de ser sortuda, sinto-me abençoada, sabes porquê? Porque a minha boa estrelinha me deu três filhos lindos por fora (claro para mim) e por dentro que amo acima de tudo.
E quando finalmente a minha vida atinge aquele momento em que se navega na chamada velocidade de cruzeiro, onde não são esperadas novidades, eis que de repente, entro noutro mundo e sou uma sortuda sabes porquê? Porque ganho ainda a fortuna de encontrar novas e belas amizades, pessoas de óptimo carácter, sempre prontas a “puxar” pelos outros, nos seus momentos menos conseguidos.
Costumo dizer que vivo num jardim encantado onde aconchego todos os que amo ou amei, um jardim que não tenho, mas que existe. Nele, guardo-te a ti também. Vês como sou sortuda?
Como alguém disse “não tenho tudo o que amo, mas amo tudo o que tenho”. Isto não é ser sortuda?
Deixo-te uma flor de lótus que colhi no meu jardim encantado. Dizem ser o símbolo "jóia da sabedoria", aquela que sabes transmitir.
Mafalda, 13 de Maio de2010
Foi tal e qual assim que senti. Uma comoção tão forte que preciso partilhar e deixar transbordar.
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Embora saiba que és uma linda alma de Outono, hoje escrevo-te sobre o Sol.
Querida Fátima, vou fazê-lo à moda antiga. Vou enviar-te por correio em carta manuscrita.
Quero que saibas que me lembro de ti, quero que possas sentir o carinho que por ti aprendi a sentir e que daqui de longe, sempre, à minha maneira, por ti peço para que a coragem e a força sejam uma constante em ti. Que se transformem no alicerce para o que precisas atingir.
Faço-o hoje, um dia especial em que voltei a encontrar-te no teu blogue, nun passado recente, num poste que me emocionou demais.
Um beijinho muito grande. Que encontres nele a minha verdadeira amizade.
Obrigada Sol.
Se não fosses tu que avivas as cores, que fazes esta luz maravilhosa, que trazes este calorzinho reconfortante, a vida não teria a mesma graça.
As árvores da minha rua, umas estão cheias de folhinhas novas, outras de flores misturadas. Inspiro-lhes o aroma que se espalha no ar. As suas copas arredondadas tapam-me agora a visão da estrada e gosto mais assim.
Instalou-se a Primavera. Terá chegado para ficar.
Ontem ao correr para abraçar a minha mana e o meu sobrinho mais novo, nesse dia aniversariantes, passei pela Marginal desde Alcântara até Algés. Atentei nos montes da margem sul. Bem verdinhos debruçavam-se sobre as águas cintilantes do Tejo.
Estragavam-lhe a paisagem os monos que o Homem lá colocou, os depósitos de combustível que cada vez são mais e os enormes monstros dos silos da Trafaria, mesmo na foz do rio.
Sei que contesto muito, ou não me chamasse eu “Mafaldinha”, mas onde mora a visão dos arquitectos paisagísticos, se é que existem.
Quem sai a barra, já não tem aquele olhar espraiado, desimpedido onde o Tejo encontra o Atlântico. E lá no meio a Torre do Bugio, o farol amigo do navegante.
Também sei que nem tudo são rosas. Há sempre um senão e por esta altura do ano, ando sempre fungosa (palavra feia!), via das alergias.
Mas não me importo. Eu gosto de ti, sol. És a minha fonte de energia, a minha alegria.
Se eu podia viver sem ti, até nem podia mesmo e, absolutamente, não seria a mesma coisa.
É verdade que estás lá sempre, mas só em estações especiais te mostras no teu esplendor. Esta é a minha doce estação onde salto para o cais, só para te ver brilhar.
Obrigada por existires e seres minha estrela. Sem ti eu também não existiria.
Mafalda, 4 de Maio de 2010
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