Vimos todos ao mundo do mesmo modo.
Nascidos do ventre de nossas mães, abrimos caminho para a vida.
Também todos do mesmo modo partimos.
E deixando neste mundo a vida, encontramos o caminho para a morte.
Nestes dois únicos pontos somos... todos iguais.
Mas os percursos da vida diferenciam cada um de nós.
E é aí que nos encontramos... todos diferentes.
O mundo está em constante mutação. A evolução é desmesurada. A ambição também.
Vivemos uma era de alta tecnologia, mas cada vez o fosso cavado entre a humanidade é maior e as diferenças entre o ser humano abismal.
Não cuidem que sou anti progresso. Progresso sim! Mas acessível a todos.
Seria tudo isto necessário para gerar infelicidade?
Não bastara os castigos dolorosos que a vida nos impõe?
Sexta-feira passada eu vim triste.
Nada que fosse surpresa...nada que não tivesse já visto!
Mas algo que sempre doi. E a dor é mais intensa ainda, pela impotência sentida de nada poder ajudar.
A esperança aqui, parece já ter partido! A luzinha no fim do caminho, parece ser já uma utopia!
Não te esqueças ser humano que a vida pode ser injusta e cruel. E um dia, quem sabe, incauto, podes ser tu o “comtemplado”.
Mafalda, 29 de Maio de 2009
Na minha alma de segredos te amei.
Na minha alma de segredos vivi
abraços e beijos ardentes.
Na minha alma de segredos houve sorrisos
e beleza na leveza de sonhos.
Na minha alma de segredos, por fim te guardei.
Na minha alma de segredos, há solidão, lágrimas, recordações, saudades.
Na minha alma de segredos, por fim te fechei,
sem dizer adeus.
Não me peças para te deixar ir,
que não te peço para ficares!
Na minha alma de segredos amor, vives tu,
só tu e mais ninguém!
Mafalda, 21 de Maio de 2009
Assim como o vento forte rasga o ar arremetendo-se impiedoso sobre tudo que se cruze em seu caminho...
Assim tu rasgaste meu peito sem pudor e contra meu coração investiste a dor da falta de coragem – deixaste-o magoado,desiludido...
Assim como a chuva que as grossas e escuras nuvens largam, atravessa o ar em todo o seu espaço e se precipita, sem pedir, no solo...
Assim tu abriste a minha fonte de lágrimas e puseste em meus olhos, água triste caindo em meu colo...
Assim como as marés no oceano vão e vêm, ora abandonando ora beijando de mansinho a solitária areia...
Assim tu vais e vens, não me escolhes, mas me queres, não me tens, mas não me libertas...
Ou serei eu que não me liberto?
Porque não abraço eu o Bom Tempo?
Afinal que culpa tens se fui eu que te escolhi...
Mafalda, 12 de Maio de 2009
Sozinha como sempre.
Acabei de ver um filme e agora que fazer?
Muitas vezes dói. O coração fica apertadinho e no entanto parece, não caber no peito, na garganta desenha-se um nó que parece não deixar respirar e nos olhos, nesses o único sinal visível. Ficam brilhantes e molhados e contraditoriamente, toldam-nos a visão.
Mas teimosamente penso, ou digo mesmo falando para mim – Não choro!
Assim foi hoje.
Levantei-me apressada e fui até à janela.
Foi feriado e sexta-feira, um fim de semana maior. Permitiu a muitos saborear o gozo de umas míni férias ou saídas mais despreocupadas.
A noite está calma e agradável. Na rua um carro estacionado de luzes acesas e portas abertas deixa ouvir a música alta e fora dele um grupo de jovens fumam o seu cigarro e conversam alegremente, misturando gargalhadas com música.
É bom sentir a juventude!
E na minha rua sempre tão movimentada mais nada perturba o silêncio.
Sinto um cheirinho bom, doce. São as árvores que estão em flor e exalam seu perfume.
Olho o céu. A lua nítida, espalha luz ao seu redor. É um perfeito “D” desenhado.
A quem saíram os homens minha bela Lua “mentirosa”?
E mais pequenas ou maiores, milhares de estrelas brilham, lá bem alto.
Que beleza!
Vou fixando uma, mais uma e outra e mais outra...
E cada uma delas me conta uma história. Não são histórias de encantar.
Contam-me a tua, a tua e ainda a tua. A de ti e a de ti também. Contam-me a de vocês, uma de cada vez. Ah! E a tua! É a mais afortunada.
Oiço todas. Junto-as. E juntas são a minha história.
Mafalda, 2 de Maio de 2009
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