Livre, leve e solta, como meu pensamento que livremente vai onde quer sem que ninguém o impeça. Viaja inconstante, voa aos meus tempos de criança.
Não nasci princesa nem fada, como nos contos infantis, mas fui mimada, fui feliz.
Livre, leve e solta, como minha imaginação, onde posso ser quem não sou. Dentro dela tenho tudo que perdi e aquilo que não ganhei. Nela meus pesadelos perco e encontro meus sonhos da juventude.
Sou escritora talvez!
Aprendi música, a tocar um instrumento... Guitarra, piano...
Posso até cantar e ouvir no espaço imenso minha voz.
Livre, leve e solta, como quando ao mundo novas vidas trouxe. Alegremente as recebi e com lágrimas de felicidade, o melhor do mundo lhes desejei. Quanto amor, quanta dedicação nelas depositei.
Livre, leve e solta, como todas as vezes que amei, que ri, que dancei.
Livre, leve e solta, muitas vezes fui e por isso só posso ser – Feliz!
Mafalda, 8 de Janeiro de 2009
Foi mais um ano que terminou e é mais um novo que começa.
Foram mais alguns sonhos desfeitos, algumas ilusões perdidas, algumas vitórias conquistadas e algumas alegrias vividas.
E de novo se perspectivam novos projectos, se idealizam novos sonhos e mais importante que tudo, de novo renasce a esperança.
Naqueles breves doze segundos que separaram 2008 de 2009 e enquanto na contagem decrescente tradicionalmente ia comendo as doze passas uma a uma, lembrei todos quanto amo e lhes desejei do fundo do coração e com muito carinho um bom ano.
Inevitavelmente alguma melancolia a minha alma sentiu!
E interiormente ela cantava...
“...adeus Ano Velho, feliz Ano Novo...”
E no meio de todo o furor, do som das rolhas das garrafas de champanhe que saltam, dos copos que se tocam, das vozes que desejam Bom Ano, dos abraços que se trocam, eu nada ouvia, apenas sentia o bater forte do meu coração e escutava minha alma ansiando por voltar a ser como fora outrora “livre, leve e solta”...
Mafalda, 1 de Janeiro de 2009
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