Segunda-feira, 28 de Setembro de 2009

Recado?...ou Presente?

 

Recebi via email um texto de um escritor, de nacionalidade Brasileira e cuja obra, acreditada ou não, tem sido vasta. Falo de Paulo Coelho e o texto a que me refiro, transcrevo-o no final.

Li há relativamente pouco tempo em livro dele – Verónica decide morrer – e confesso, que não sendo dos meus escritores mais apreciados, gostei. Achei acima de tudo que o argumento estava bem estruturado e foi conseguido.

 

Tendo-me o texto sido enviado por alguém que me conhece... julgo eu, bastante bem, numa primeira análise e imediatamente reactiva, achei tratar-se de um “Recado”.

Não! De modo nenhum se tratava daqueles recados que consideramos uma bofetada sem mão. Era mais no sentido de um alerta.

Depois, com tempo e calma, reflectindo melhor, achei que estava errada. Aliás, porque razão haveria de ser um recado? Não existia nenhum interesse nisso! Abandonei pois definitivamente esta teoria e considerei-o antes como um "Presente". Um belo presente, que desde já agradeço, pois que me assenta que nem uma luva.

 

Pois que sou baixinha, para o gorducho, já cota e exibindo algumas “estradinhas da vida”, que adoptei, quase que incondicionalmente, como vestuário diário o uso de calças e sapatinhos sem salto e há já para aí cerca de oito a dez anos que não uso maquilhagem (salvo raras excepções), salva-me apenas o tratar do cabelo e o uso de água de colónia e cremes de rosto e corpo.

 

Não me tinha passado pela cabeça, a mim, que havia perdido a minha condição feminina, pelo uso habitual de calças, ou de sapatos de salto raso, quer de verão, quer de inverno.

Pensava eu sim, que tinha perdido a minha atractiva feminilidade, por já não ter a minha silhueta da juventude e adquirido mais que um par de quilitos a mais (ei, mas também não sou nenhuma bucha!), por serem já visíveis algumas rugas, que a idade, já "entradota" não perdoa.

Isso sim pensava eu, mas afinal sinto que é muito mais penalizante o tipo de vestuário que adoptei.

E eu que sempre me julguei tão feminina! Vá-se lá saber como podemos ter certezas!?

 

Mas não termino sem acrescentar aqui um desafio.

Experimente lá o Sr. Paulo Coelho, que é evidente não me pode “ouvir”, mas tenho pena e tu meu querido amigo que me enviaste o email, usarem durante algum tempo, vestidos e sapatos de salto alto (nem pensar! Não vos quero transformar em travestis. É só uma experiência...) e atrevam-se a dizer-me que não é muito mais cómodo e confortável o vosso modo de vestir. Atrevam-se se forem capazes de dizer-me o contrário.

Tenho razão não tenho?

Haja “Deus”! Ao menos uma vez na vida!

Ninguém quis imitar ninguém. É apenas uma questão de bem estar.

E já que o texto vai longo, mais um pouquinho não tem grande importância e daqui “vos” deixo uma dica.

Cabelos curtos? Poucas mulheres o usam! Que têm a dizer sobre os lindos e longos cabelos bem trabalhados que qualquer cabecinha feminina ostenta? Não são eles um toque bem feminino, mesmo que terminem no uso de calças?

 

Imagino que cada um vai continuar com a sua opinião já anteriormente formada.

Por mim resta-me agradecer de coração, mais uma vez, o "Presente" e reconhecer assumidamente, que de qualquer modo os “conselhos” não caíram em saco roto...talvez.

(E aí estão elas na foto. Todas de vestidinho, decotadas, de sapatinho de salto, enfeitadas.Todas bem femininas certo?)

 

Mafalda, 28 de Setembro de 2009

 

Opinião de um homem sobre o corpo feminino!

 

Paulo Coelho

 

“Não importa o quanto pesa. É fascinante tocar, abraçar e acariciar o corpo de uma mulher. Saber seu peso não nos proporciona nenhuma emoção.

 

Não temos a menor idéia de qual seja seu manequim. Nossa avaliação é visual, isso quer dizer, se tem forma de guitarra... está bem. Não nos importa quanto medem em centímetros - é uma questão de proporções, não de medidas.

 

As proporções ideais do corpo de uma mulher são: curvilíneas, cheinhas, femininas... . Essa classe de corpo que, sem dúvida, se nota numa fração de segundo. As magrinhas que desfilam nas passarelas, seguem a tendência desenhada por estilistas que, diga-se de

passagem, são todos gays e odeiam as mulheres e com elas competem. Suas modas são retas e sem formas e agridem o corpo que eles odeiam porque não podem tê-los.

 

Não há beleza mais irresistível na mulher do que a

feminilidade e a doçura. A elegância e o bom trato, são equivalentes a mil viagras.

 

A maquiagem foi inventada para que as mulheres a usem. Usem! Para andar de cara lavada, basta a nossa. Os cabelos, quanto mais tratados, melhor.

 

As saias foram inventadas para mostrar suas magníficas pernas.. Porque razão as cobrem com calças longas? Para que as confundam conosco? Uma onda é uma onda, as cadeiras são cadeiras e pronto. Se a natureza lhes deu estas formas curvilíneas, foi por alguma razão e eu

reitero: nós gostamos assim. Ocultar essas formas, é como ter o melhor sofá embalado no sótão.

 

É essa a lei da natureza... que todo aquele que se casa com uma modelo magra, anoréxica, bulêmica e nervosa logo procura uma amante cheinha, simpática, tranqüila e cheia de saúde.

 

Entendam de uma vez! Tratem de agradar a nós e não a vocês. porque, nunca terão uma referência objetiva, do quanto são lindas, dita por uma mulher. Nenhuma mulher vai reconhecer jamais, diante de um homem, com

sinceridade, que outra mulher é linda.

 

As jovens são lindas... mas as de 40 para cima, são verdadeiros pratos fortes. Por tantas delas somos capazes de atravessar o atlântico a nado. O corpo muda... cresce. Não podem pensar, sem ficarem psicóticas que podem entrar no mesmo vestido que

usavam aos 18. Entretanto uma mulher de 45, na qual entre na roupa que usou aos 18 anos, ou tem problemas de desenvolvimento ou está se auto-destruindo.

 

Nós gostamos das mulheres que sabem conduzir sua vida com equilíbrio e sabem controlar sua natural tendência a culpas. Ou seja, aquela que quando tem que comer, come com vontade (a dieta virá em setembro, não antes; quando tem que fazer dieta, faz dieta com vontade (não se saboteia e não sofre); quando tem que ter intimidade

com o parceiro, tem com vontade; quando tem que comprar algo que goste, compra; quando tem que economizar, economiza.

 

Algumas linhas no rosto, algumas cicatrizes no ventre, algumas marcas de estrias não lhes tira a beleza. São feridas de guerra, testemunhas de que fizeram algo em suas vidas, não tiveram anos 'em formol' nem em spa... viveram! O corpo da mulher é a prova de que Deus

existe. É o sagrado recinto da gestação de todos os homens, onde foram alimentados, ninados e nós, sem querer, as enchemos de estrias, de cesárias e demais coisas que tiveram que acontecer para estarmos vivos.

Cuidem-no! Cuidem-se! Amem-se!

 

A beleza é tudo isto.”

 

 

 (origem da foto Eventsooh - Picasa)


publicado por mafalda-momentos às 13:05
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7 comentários:
De libel a 16 de Outubro de 2009 às 16:13
Doce Mafalda,
Qualquer opinião é válida, não temos que nos preocupar com aquilo que os outros pensam, mas sim com aquilo em que acreditamos e sentimos á flor da pele. Ás vezes na escrita nem sempre conseguimos dar o sentido correcto daquilo que queremos expressar, pois as interpretações são diversas, tem a ver com as maneiras de pensar de cada um, mas antes de tudo é bom que antes de ripostar possamos compreender ou pelo menos tentar perceber o que levou a tal...entendes??...Aí baseia-se um conceito primordial, o respeito pelo próximo.

Adorei este teu post...está muito autêntico e deveras feminino...e não foi preciso a tal saia ou as pinturas na cara....percebes o que quero dizer??...

Beijokas


De mafalda-momentos a 16 de Outubro de 2009 às 21:08
Libel
O respeito pelo próximo é primordial e incondicionalmente necessário... e aí reside uma parte da beleza que existe em cada um de nós que o sente e o pratica. E no entanto não é visivel ao olhar...Este é só um exemplo de que a verdadeira beleza é aquilo que somos como seres humanos. Como é evidente não te vou dizer que ignoramos ou não apreciamos a beleza fisica, pois que ela existe, tem que ser notada.
E claro que te entendo, tal como acho que tu me entendes a mim. Enfim entendemo-nos não é?
Ainda bem que gostaste do post. É assim que sou simples, sincera e gosto de brincar com este tipo de polémicas, procurando sempre não magoar ninguém.
Um beijinho para ti Libel e para além do Intervalo para Café, farei uma visita a ti mesma com muito gosto.


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