Sozinha como sempre.
Acabei de ver um filme e agora que fazer?
Muitas vezes dói. O coração fica apertadinho e no entanto parece, não caber no peito, na garganta desenha-se um nó que parece não deixar respirar e nos olhos, nesses o único sinal visível. Ficam brilhantes e molhados e contraditoriamente, toldam-nos a visão.
Mas teimosamente penso, ou digo mesmo falando para mim – Não choro!
Assim foi hoje.
Levantei-me apressada e fui até à janela.
Foi feriado e sexta-feira, um fim de semana maior. Permitiu a muitos saborear o gozo de umas míni férias ou saídas mais despreocupadas.
A noite está calma e agradável. Na rua um carro estacionado de luzes acesas e portas abertas deixa ouvir a música alta e fora dele um grupo de jovens fumam o seu cigarro e conversam alegremente, misturando gargalhadas com música.
É bom sentir a juventude!
E na minha rua sempre tão movimentada mais nada perturba o silêncio.
Sinto um cheirinho bom, doce. São as árvores que estão em flor e exalam seu perfume.
Olho o céu. A lua nítida, espalha luz ao seu redor. É um perfeito “D” desenhado.
A quem saíram os homens minha bela Lua “mentirosa”?
E mais pequenas ou maiores, milhares de estrelas brilham, lá bem alto.
Que beleza!
Vou fixando uma, mais uma e outra e mais outra...
E cada uma delas me conta uma história. Não são histórias de encantar.
Contam-me a tua, a tua e ainda a tua. A de ti e a de ti também. Contam-me a de vocês, uma de cada vez. Ah! E a tua! É a mais afortunada.
Oiço todas. Junto-as. E juntas são a minha história.
Mafalda, 2 de Maio de 2009
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
. A pena do gabbiano deslis...
. O BEIJO
. Casa Arrumada... Desarrum...