Chaves de que trata esta palavra?
Aquele utensílio que abre, ou fecha, portas e que habitualmente todos perguntamos…
Onde terei eu deixado as chaves?
Nas malas das senhoras onde há sempre de tudo e nada se encontra, nos bolsos do casaco que se arrumou, em cima do móvel da entrada onde se larga tudo ou, no lavatório da casa de banho, já que se entrou em casa apressado, no frigorífico imagine-se, porque a gulodice apertou e foi o primeiro lugar da casa procurado, até por distracção, em cima do tejadilho do carro que se põe em marcha e as atira num ápice para o alcatrão da rua.
Bonito de ver é depois ser preciso chamar os bombeiros, a polícia e oferecer aos vizinhos que espreitam pelas janelas e aos transeuntes que ficam especados na rua, uma cena cheia de produção com luzes que piscam e homens de capacete e coletes fluorescentes que sobem desenvoltos uma escada na intenção de entrar por uma janela para poderem abrir a porta.
E apesar de um perímetro de rua ser fechado, ninguém tem a intenção de perder pitada do que se passa, cada qual especulando com a história que terá acontecido.
Uma cena de ficção que por um pouco de tempo, faz esquecer a rotina.
Será que ando a ver muitos filmes do Spielberg?
Nome de variadíssimas e inúmeras ferramentas, utilizadas por técnicos de diversas e muitas profissões.
Há quem a possua e a guarde a sete chaves – a chave para o sucesso.
Quem as use sempre certinhas ou, indiscriminadamente, as chaves nos jogos de azar… e quanta alegria quando se voltam para a sorte.
Metaforicamente, aquelas que abrem as portas do nosso coração, possibilitando mostrar belos sentimentos que nos deixam oferecer sorrisos, amizade, solidariedade, ternura.
Talvez pudesse continuar a inventar outras chaves, mas estou desejosa de falar de uma única e determinada…
A cidade de CHAVES
AQUAE FLAVIAE - (nome do tempo dos romanos)
Essa cidade bela que não conhecia e onde passei o fim de semana de 5 e 6 de Fevereiro.
O convite feito pela Blogando à Libel e estendido à Manu e a myself, nesta ocasião precisa da feira dos Sabores e Saberes.
Quem seria tolo de não aceitar?
E aqui as três meninas, rápido trataram de fazer os planos e amontoar agasalhos com medo do frio.
Enquanto isso a Nanda com toda a sua casa à nossa disposição, preparava-se para nos receber de sorriso e coração aberto, preparando-nos iguarias da sua Terra Natal.
Os cerca de 500 quilómetros que nos separam de Lisboa a Chaves foram percorridos através das auto-estradas A8, A17, A25 e A24, num percurso traçado ao pormenor pelo “amigão” Paulo.
E claro que a boa disposição, os risos, as brincadeiras, não faltaram pelo caminho.
Num clima de dois dias de Sol magnífico e temperaturas de cerca de 17 graus (de dia), passeámo-nos pelas margens do Tâmega que mais parecia um verdadeiro espelho reflectindo sem qualquer distorção, árvores, até o rasto de um avião que bem alto se deslocava, casas e a famosa e lindíssima Ponte Romana ou, Ponte de Trajano com os seus doze arcos (sabendo-se que existem mais quatro soterrados pelo casario e aluviões) e a meio duas torres cilíndricas, uma a jusante e outra a montante.
Esta ponte poderá talvez ser a verdadeira pérola da cidade.
Experimentámos ou tentámos, sentir a temperatura da água da fonte que brota tão quente que queima.
Caminhámos pela Rua da Ponte e Arrabalde, pela parte histórica, pela Rua Direita, pelo Largo dos Pasmados, pelo Largo de Camões, pela Torre de Menagem, pelo Forte de São Francisco, pela antiga e desactivada Estação de caminhos de Ferro da cidade, por tantos lugares que não sei dizer o nome.
Juntou-se a nós a doce Aqua e a sua linda família vindos de Braga e por fim, entrámos no famoso pavilhão da feira, mostra dos famosos produtos regionais.
Provámos os deliciosos pastéis de chaves, encontrámos toda a espécie de enchidos, comprámos alguns, mel Montesino, castanhas, e não resistimos à prova dos licores transmontanos… de casca de noz verde, de frutos vermelhos e ainda de algumas ervas aromáticas com incidência na hortelã.
Tudo isto, guiados pela nossa tão querida e sempre disponível anfitriã – a Nanda.
Não vou falar da gastronomia que provámos. Para isso falam as fotografias que aqui, aqui e aqui ficaram expostas.
A animação ontem lá pelos sítios da Esplanada para Café foi grande.
Quero somente manifestar o meu apreço pela boa hospitalidade que tivemos, pela beleza que contemplámos, pela amizade que vivemos, por tudo quanto os meus olhos registaram e que o meu coração guardou.
Bem hajas Nanda. Pata ti a minha gratidão que a tua amabilidade, e os cheiros da tua cidade ficaram para sempre comigo.
À noite, ao serão de ontem, quase devorei o pacote inteiro dos Fidalguinhos de Braga, oferecidos pela Aqua.
Como gostei de te voltar a ver Aqua!
Às meninas, companheiras de viagem, simplesmente adorei!
Mafalda, 8 de Fevereiro de 2011
De
luadoceu a 8 de Fevereiro de 2011 às 18:06
Mafalda
Ja comentei em todos os postes relativos ao vosso fds e a ida a Chaves
Gostei imenso da descrição de tudo feito por ti,parecia eu que estava junto a vós
Não podia deixar de aqui vir tb,visto amanha nao estar por aqui e sabes que sou fiel a vos todas
Deve ter sido espectacular
Vi o slide ate ao fim,as meninas todas giraças,nas poses as fotos,para recordar,adorei a partilha das tuas frases no meio e das paisagens
Parabens pela amizade que vos une...ja nem sei o que e ter amigas assim,de perto,tive as,mas a muito tempo,mas prontos,folgo saber que existem amizades assim e que se mantenham p mtos anos...e o meu desejo de coraçao
Ate amanha e sejam felizes
Bjinhos Mafalda e desculpa se sou a 1,tenho tempo ne?
Luazinha
Nada tenho que desculpar por seres a primeira, antes pelo contrário só tenho a agradecer-te.
Eu sei que estás sempre presente, já eu tenho andado como certamente já notaste bastante ausente. Mas isso vai-se compor.
Foi bom o fim de semana, foi muito boa a companhia e os momentos todos que se viveram. Esteve presente a alegria e a amizade e tal como dizes, todos fazemos por preservar.
Fica-nos tudo gravado na memória que não esquece.
Lua a vida às vezes troca-nos as voltas. Certamente terás saudades dos tempos das tuas amizades, mas tens algo que as substitui e que é sem dúvida a tua prioridade agora - a tua filhinha.
Eu sei por experiência própria que às vezes queremos mais, mas também sei que todos temos fazes menos boas, mas outras virão para nos recompensar.
A esperança dentro de nós ajuda-nos a encontrar compensações.
Obrigada por teres vindo e não desistires de mim. A isso se chama Amizade com A grande que eu guardo no coração.
Um beijinho grande e com muito carinho para ti.
De
libel a 9 de Fevereiro de 2011 às 12:40
Tu és íncrível, andaste tão caladinha e agora assim desta forma tão bonita, criativa e original encantas o pessoal todo, fiquei absorvida por todo este desenrolar, primeiro a história das Chaves, depois a nossa viagem, a recepção, o acolhimento, a visita da Aqua e família, os nossos passeios, brincadeiras, a feira, o pavilhão, os sorrisos, os sbores,os saberes, a história da ponte ...enfim...não deixaste nada ao acaso, que lindo post amiga, fico lisongeada por fazer parte dele e por ter amigas tão ternurentas e de uma humildade de louvar aos céus.
Adorei a forma que arranjaste para passares as fotos, a história que contaste, a magia que encontraste para descrever tudo e a maravilhosa Cidade de Chaves está de Parabéns pelo encanto que nos passou, a Nanda vai sempre estar em nossos corações e todos aqueles que partilham connosco estes momentos serão sempre muito bem recebidos assim como nós fomos pela querida Blogando!!..
Beijnhos amiga
Adoro-te!!
Verdade que sim amiguinha! Há pessoas que nos cativam à primeira e o acolhimento da Nanda foi... tenho que quadruplicar as estrelas... 20 estrelas.
A cidade é um encanto mas acho que a valorizámos ainda mais por tudo o que vivemos.
Quanto ao que escrevi já sabes limitei-me a dizer aquilo que sinto. Caladinha porque também sabes como sou naba e aquele "slide" levou-me um tempão, ainda assim ontem bem que deixei muitas "postas de pescada" lá pela esplanada... imagina, se não a limparam, o cheirete que hoje por lá deve estar... ahahahah... é por isso que hoje ainda não vi por lá ninguém.
Também não me esqueço que sem ti e a tua amizade, e que se não fosses como és, não me teria sido possível viver este fim de semana.
Sabes, tenho andado aqui a pensar no que perdemos por sentirmos receio de dar mais de nós e esta acenta-me que nem uma luva.
Nunca é tarde para reconhecer as verdades e quem sabe não vou conseguir emendar-me.
Acho que este grupinho criou alguns laços que não se vão desfazer.
Para ti vai sempre a minha grande amizade e sinto-me bem por poder contar com a tua.
Beijinhos minha linda... também te adoro
Olá Mafalda,
soberba a forma como descreves-te a cidade. Só mesmo tu para quereres saber mais sobre a cidade e que realmente o primeiro nome da cidade foi Aquae Faviae, daí sermos flavienses e não chavenses como muita gente pensa. Muito ficou por ver, muitos recantos por descobrir, mas não preciso de dizer muitas vezes, quando quiseres aparece, serás sempre bem vinda e terás aqui uma casa de portas sempre abertas e a hospitalidade das gentes flavienses.
Os sabores, também ficaram muitos por provar, mas como tu já disses-te, há mais marés que marinheiros e um dia destes cá nos encontraremos outra vez. Os kilometros são mais que muitos, mas valeu a pena ou não????
Ficarei sempre com este fim de semana na memória, pois tal como eu já disse, aqui na blogosfera não há só gente má, há gente muito boa e a prova está em vocês as três. A amizade quando é verdadeira vale muito.....
Bjs fofos
Olá minha linda
É verdade que sim! Eu até já acho que se encontra muito mais gente boa do que má... pelo menos tem sido essa a minha experiência.
Claro que os kilometros não contam, quando a vontade é grande e quanto ao valer a pena, isso nem se põe em causa!
Acabei de responder à libel onde lhe dizia que tu és 20 estrelas.
A sério foi tudo tão bom e também eu dou graças por ter tido a oportunidade de te conhecer e ter vivido este fim de semana quase de conto de fadas... e digo quase... porque faltaram os principes encantados... ahahah.
Te agradeço de coração a tua disponibilidade tão hospitaleira e a franqueza com que ofereces a tua casa.
Um abraço apertado e beijinhos fofos também para ti.
De retornodemim a 9 de Fevereiro de 2011 às 15:58
Não acredito....vais a aldeia de Chaves e não vens á capital? Vila Real'....apetece-me chorar...
Beijinhos Amiga do sempre Rui
Vá lá Rui, não sejas ciumento... eu sei que Vila Real é a capital de distrito, mas Chaves eu não conhecia e em Vila Real já estive embora há uns aninhos e por essa altura andava tudo em obras.
A informação que tenho de quem lá esteve há pouco tempo é que agora está uma cidade muito bonita.
Mas vês, estamos sempre a aprender! É que não fazia ideia nenhuma de onde eras (talvez por distração - não sei se tens no teu blog) e muito menos que conhecias a Nanda.
Ela foi fantástica e tratou-nos com todas as honras.
Mamma mia, como o mundo é pequeno!
Beijinhos para ti Rui
De retornodemim a 9 de Fevereiro de 2011 às 16:02
Nanda e tu não falas a Mafalda do Império de Vila Real? onde se enconta o maior tesouro do Mundo?
Qual tesouro?...Uma ponte nova sob os esgotos da cidade mas tem água quando chove
Beijinhos
Amiga
Eu ia começar o meu comentário, exactamente a dizer o que disse a Libel...caladinha, mas..helás...eis que surge um post lindíssimo!
Surpreendeste-me sabias? Não pela forma de escrever, que essa é sempre perfeita, mas sobretudo pela diverssidade de aspectos das chaves que abrem tantas coisas e de forma tão variada.
Depois perdi-me neste vídeo incrível a relembrar momentos que não posso esquecer.
E concluii que há uma chave especial que abre todas as portas quando são antecedidas de um sorriso que deixa transparecer toda a amizade e partilha que nos une.
Obrigada por partilhares comigo momentos tão bonitos!
Beijos
Manu
E essa é a chave de que melhor devemos cuidar, preservá-la de todas e quaisquer "agressões" de modo a nos possibilitar tê-la sempre presente, de um modo intemporal, com um sorriso, uma palavra, um aceno de mão, um abraço...
A nossa partilha Manu reflecte bem a prova disso.
Um beijinho amigo para ti
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