Hoje é um dia singular…
Muda a hora!
Soa estranha esta afirmação, numa frase dita assim, fora de qualquer contexto.
Como pode a hora mudar? Não são sempre iguais a sessenta minutos?
Imagine-se um mundo onde cada um pudesse mudar a hora a seu belo prazer. Umas seriam mais longas, outras mais curtas…
E conseguir-se-ia dividi-las de modo a não alterar o dia, para que continuasse com as vinte e quatro horas certinhas?
E se os dias fossem maiores ou menores, como ficariam as semanas… os anos…
Recuperemos o bom senso bendita imaginação, porque antevejo que seria um caos completo!
Muda a hora na madrugada de Domingo – anunciou-se!
E atrasámos o relógio uma hora.
Significa que o Outono já entrou há pouco mais de uma semana e a pouco e pouco, à medida que vai avançando para o Inverno, iremos ter durante o dia, menos luz do sol e a noite virá mais cedo e a escuridão será mais prolongada.
Outono que se preza, faz-se sentir no tempo.
A chuva, a trovoada e o vento, não se fizeram esperar, lembrando-nos que vamos precisar de agasalhos.
As árvores da minha rua, de copas verdes e frondosas no verão, dançam agora com vigor ao som do vento.
Nalgumas já as folhas amarelecem.
Em breve se desprenderão secas e no chão tomam a cor da terra, depois…
depois as árvores ficarão despidas.
No ar há outro cheiro.
Os hábitos alteram-se.
Há um convite para a leitura, para ouvir música, assistir a um filme, a um convívio mais caseiro.
São ciclos cíclicos do tempo e da vida.
Por cá, hoje dormiu-se mais uma hora.
Mafalda, 31 de Outubro de 2010
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