Ontem o dia foi pintado de cinzento sem brilho
A chuva persistente molhou-me os pés e o olhar.
Água fonte da vida pura e cristalina enchendo o espaço
Tão diferente daquela feita de lágrimas salgadas,
Sentidas, soluçadas que nascem em meus olhos.
Na palma da mão em concha colhi algumas gotas,
Misturei-lhes as minhas lágrimas e atirei-as ao vento
Pedi-lhe que as deixasse algures entre o céu e a terra
E o vento levou-as. Soprando espalhou-as no ar.
Algumas caíram no mar aumentando suas águas
Outras caíram na terra e delas nascerá uma papoila
Um dia, no caminhar do tempo, quando a Primavera chegar.
Mafalda, 26 de Novembro de 2009
(origem da foto Olhares-José Torres)
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