Foi mais um Natal que passou e apesar de que por cada um que acaba, seja mais um ano a abater ao conto da vida, eu sinto-me abençoada, porque quase sempre, seja de que modo for, o “Pai Natal/Menino Jesus” tem sido generoso comigo e até talvez eu nem mereça de tão exigente que possivelmente serei.
Não foi um ano bom para mim, mas já passei por outros bem piores.
Nada aconteceu que não seja normal viver, mas mais uma vez remeteu-me para o isolamento no aconchego daquela minha conchinha de que sempre cuido com o maior desvelo, pois sei que me é preciosa.
Houve demasiado silêncio nesta casa. Muitos espaços de tempo por preencher, ou absorvidos pelos braços da solidão.
E em cada noite que me deitava me vinha à memória que o meu quarto era a única divisão da casa habitada.
Recordava a música alta, os passos de cada um, as portas que batiam ao fecharem-nas sem cuidado, o meu refilar por servir o jantar em horas diferentes, por não manterem os seus espaços limpos e arrumados e afinal de tudo isso eu senti falta.
O Natal aproximou-se e mais ansiosa fiquei, na expectativa de não saber como seria.
Teria de prescindir da presença de alguém logo no primeiro ano?
Uma ideia que me era insustentável.
Malgrado a tristeza das recordações impossíveis de remediar, eu agradeço o lindo Natal que tive. Algo me devolveu a paz interior no aceitar e no reconhecer que a vida é mesmo assim, que todos passamos pelas mesmas situações, na minha posição de mãe e na inversa também.
Senti-los felizes e vê-los bem-dispostos, um sorriso iluminando-lhes o rosto e saber que a pouco e pouco, mesmo que lentamente, vão abrindo o seu próprio caminho é tudo o que importa. Só continuo com muita pena de não poder ajudar, quem eu sei vê o seu sonho tão distante.
Ponho os olhos nas mães, bem perto de mim, que por razões incontornáveis, não podem ter esta visão e sofrem ao olhar a infelicidade e a distância demasiado longínqua.
Conseguir interiorizar tudo isto foi o meu melhor presente de Natal.
E agora… agora simplesmente, a todos, familiares, amigos de sempre, amigos de cá e daqui, a todos abraço com muito carinho e desejo com um Big XI um romântico, alegre, cheio de saúde, com comidinha gostosa no prato e umas boas notinhas no bolso..., enfim muito, muito dourado...
Um Feliz Ano Novo.
Mafalda 31 de Dezembro de 2010
Para cada momento,
existe uma música certa.
Nesta época,
eu recordo músicas como esta.
O que mais me encanta, são os rostos das crianças.
Este Natal devido à “crise” não há iluminações.
É preciso começar o movimento da poupança.
Ou será da desgraça?
Melhor nem pensar nisso.
Vamos viver um dia de cada de vez, momento a momento e tentar superar as adversidades uma a uma e conforme as possibilidades.
Para isso devemos apoiar-nos no amor de quem nos rodeia. A família, os amigos e tentar todos juntos conservar o sentimento de entreajuda que nos põe o sorriso no rosto.
E sem o brilho das minhas lindas luzinhas de Natal será que se perde a sua magia?
Sinto que não!
A magia do Natal mora precisamente no amor que nos aquece os corações, ao tempo que dedicamos aos outros sem espera de qualquer retorno.
Diz-se sempre que o Natal devia acontecer o Ano Inteiro. Não podia estar mais de acordo e lamento que as acções de solidariedade que nesta época surgem de todo o lado, não se mantenham para sempre.
Ver o brilho e a expectativa nos olhos das crianças ao receber um brinquedo, um doce. As lágrimas de comoção e agradecimento, mas que não escondem a tristeza da vida de homens e mulheres.
É aí que está a magia do Natal, no lembrar aqueles que têm menos que nós e celebrar a união da família.
A família... ora aí está o que representa para mim o Natal. A Festa da Família.
Mas então não é esta também uma festa a celebrar todo o ano?
Sem qualquer dúvida!
Não vejo, no entanto, razão para que não haja uma época especial para a festejar.
E é esta magia que um dia aqui eu nomeei como vitoriosa deste lindo mês do ano.
Ora... que se lixe por agora a poupança!
Haja brilho no Natal.
Para todos vós um lindo e feliz Natal
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